Sociedade Serpente Negra

A S.S.N. é um trabalho inicialmente desenvolvido pelo T.R.F. (Templo Reino de Fogo) para expandir nossa corrente mágica e religiosa, que teve seu nascimento no ano de 2016 em uma humilde casa situada no “Complexo do Alemão” na periferia do estado do Rio de Janeiro, através de diferentes conceitos e vias do que chamamos de Caminho da Mão Esquerda erguemos nossos alicerces e fundamentos mágicos e espirituais. 
Sendo uma seita expansiva com círculos internos e externos, cujo o intuito visa o estreitar de vínculos compatíveis que venham a auxiliar e somatizar o despertar de mais e mais indivíduos que desejem beber de nossa fonte religiosa, mágica e espiritual e alterar sua própria realidade afim de conduzir seu caminho pela própria vontade.
A S.S.N. é uma seita de cunho luciferiana, ou seja, nós enxergamos Lúcifer (O Avatar da Serpente Negra) como expoente máximo de libertação, evolução e revolução, independente da representação diabólica, divina ou arquetípica, ao qual o título “Lúcifer” se manifeste ou se compreende. Entendemos que a compreensão do adepto(a) a cerca dessa força, se dar pelo contato direto com as forças que a compõem e com a assimilação interna da ação desse nome/título. Sendo assim, nossa seita busca compreender e se utilizar de diversas ferramentas mágicas, religiosas, gnósticas e filosóficas, ao qual esse aspecto esteja inserido, explícito ou implícito. 
Somos um veículo de tração para a expansão das correntes escuras das dimensões invisíveis, atuarem e influenciarem o plano físico e das ideias, dessa forma transmutamos essas inserções em mudanças individuais e coletivas, nos diversos níveis da existência humana. Essa é a nossa principal causa, auxiliar e trabalhar em conjunto para mudança individual e coletiva daqueles que querem alcançar a auto divindade, absorvendo força divina e demoníaca (Daemônica), como um vampiro, drenando da vida para transcender, o que o não iniciado chama de “morte”. Dessa forma, experimentando em vida carnal, mental e espiritual, diversos níveis de existência dimensional, que estão além do nosso espaço tempo, desconhecidos pela mente diurna.
Somos uma instituição de ensino e desenvolvimento mágico-espiritual, estamos sempre abertos a receber novos irmãos e irmãs, que por sua própria vontade luciferiana desejam compor as nossas fileiras e comunguem com nossas crenças e valores. Acreditamos que através desse crescimento continuo, podemos lutar contra as influências de hostes opositoras de enredo conservador e abraâmico, que avança para o domínio sociorreligioso totalitário do nosso país através de seus mecanismos parasitários e castradores. 

Os principais caminhos mágicos da nossa família são divididos em três pilares fundamentais. 
A Quimbanda Luciferiana (Bruxaria Tradicional Brasileira), a Alta Magia Negra e Gnosticismo Luciferiano e a Corrente Thanathiana (Culto Esotérico a Santa Morte) esses pilares norteiam os diversos sistemas ritualísticos que compõem o acervo esotérico do nosso trabalho, em uma síntese pratica e espiritual de feitiçaria, magia negra, bruxaria e xamanismo tribal. Somos bem mais que ontem e menos que amanhã, ainda poucos em números e muitos em ação, adiante para um crescimento maior em amplos aspectos que compõem a expansão e evolução de nossa causa (O despertar da Auto Deificação). 
S.S.N. é a expressão incisiva do que nos fora revelado por vias espirituais de pequenas causas e reações, para uma causa muito maior. E é por essa causa priori ao qual lutamos hoje, evolução. A Sociedade Serpente Negra é comunhão ao maior de todos os (re) evolucionista. 
É culto ortodoxo ao Diabo!!!

Sangue, Suor e Sabedoria!!!

Quimbanda na SSN

Um dos principais degraus e pilares da S.S.N. se dar pelo culto de Quimbanda. Nossa tradição de Quimbanda possuiu aspectos que a diferencia das linhas mais “tradicionais”, mesmo que em seu seio comporte similaridades e padrões que norteiam o que hoje se chama de Quimbanda brasileira, ou como é popularmente chamado, Quimbanda Luciferiana. 
O culto é comumente, formado por diferentes influencias de tradições indígenas nativas, práticas e ancestralidade de raízes africanas Bantu e Nagô, pelos misticismos e mistérios da bruxaria europeia, diretamente do esoterismo ibérico. O que realmente diferencia a nossa Quimbanda das demais são as atuais composições esotéricas mescladas a um trabalho de resgate aos aspectos mais primitivistas, tanto de raízes africanas, indígenas e do diabolismo clássico, alicerçada pelo contato direto com os espíritos que compõem a tradição. Os mestres Exus e Pombogiras. 
Essa síntese prática em uma dança harmônica se aglutina no que hoje chamamos de Quimbanda Luciferiana, pois nela compõem diferentes correntes energéticas, filosóficas e práticas ao qual comungam-se com diferentes conceitos, do que veio a ser o Luciferianismo em suas diversas interpretações e modus operandi. 
A Quimbanda é uma via de religiosidade agressiva e muitas vezes podendo levar um caráter de práticas espirituais antinomianas, pois a mesma se baseia na busca pelas influencias e contatos com os mortos e poderosos ancestrais divinizados, ao qual vestem o arquétipo do Diabo, atendendo pela alcunha ancestral de Exu e Pombogira (aspecto feminino). Essa alcunha “Exu” é uma das influencias da ancestralidade africana Yorubá, provida da “nagotização” de diferentes culturas e religiosidade tribal, que ao passar por uma simbiose com diferentes linhas culturais em época de Brasil colônia, passou-se adotar como um sinônimo para “diabo ou demônio” pelas “autoridades” colonialistas no período de escravidão ainda em terras africanas. 
Exú e Pombogira são as forças motrizes desta religião, os verdadeiros mestres do culto e é primeiramente através desses Grandes Mestres que se estampa a beleza obscura deste Culto. Os Grandes Mortos, ou como chamamos “poderosos ancestrais” se utilizam destas máscaras tão belas para codificarem suas atuações de forma sistemática atendendo as necessidades inerentes ao processo evolucionista do culto. 
Sendo assim Exu tem o seu culto particular, sendo relativamente novo, ainda passando por diversas mutações, absorvendo em seu ciclo de expansão diversos caráteres. E o caráter assimilado em nossa tradição, manifesta um sistema rico de bruxaria ancestral nativa, africana e luciferiana/satânica, tanto em seu acervo fetichista, animista e filosófico, quanto nas manifestações espirituais, ao qual norteiam o desenvolvimento do culto. 
A Quimbanda é uma tradição brasileira Luciferiana, pois ela fornece métodos e caminhos para a evolução através da revolução interna e da busca pelo o auto aperfeiçoamento, trazendo assim a luz do conhecimento, aprendizado e libertação das amarras cíclicas kármicas, fazendo dela também uma expressão satânica, pois ela manifesta uma ação de agressividade, luta e ruptura contra os status quo social e espiritual, e principalmente contra as amarras e barreiras internas que condicionam o indivíduo a inércia e ao ciclo repetitivo, de idas e vindas reencarnatórias. 
A Quimbanda é o que chamamos na S.S.N de Bruxaria Tradicional Brasileira.

Laroye Exu!!!

Luciferianismo Na SSN

Antes de dissertar sobre a nossa visão de Luciferianismo, primeiro devemos descrever o que é Lúcifer, e o que ele representa dentro da S.S.N… 
Lúcifer é a insígnia máxima do nosso trabalho, é a primeira serpente que conduz o ser de barro ao despertar de sua própria divindade. Entendemos Lúcifer como um título, esse título é assumido por vários espíritos, forças e aspectos humanos (mestres e mestras despertos). Dentro da Quimbanda temos o mestre Exu Lúcifer (Exu Lucifé), o mantenedor do conhecimento e da fé, dentro da Bruxaria Tradicional Brasileira. 
O título/nome Lúcifer é dado para um aspecto da divindade máxima que rege os sete reinos da Quimbanda, o primeiro “Diabo” que se manifestou com o brilho da primeira encruzilhada de fogo. Ao qual respeitosamente o chamamos de Vossa Santidade Maioral dos Infernos
(V.S.M.I.).
Maioral é Lúcifer, o iluminador da via obscura em diversas tradições sinistras, com diversos nomes/títulos e manifestações, dentro da nossa tradição ele assume o mesmo caráter, porém com vias distintas das comumente trabalhadas por outras sendas. Lúcifer é uma palavra que significa portador da Luz, é a ação de V.S.M.I. em seu aspecto mais benéfico e iluminador, o senhor dos reinos de fogo e das chamas iluminadoras. Esse aspecto é vibrado quando necessitamos de sua manifestação em correntes astrais gnósticas, para o auxílio do indivíduo(a) em momentos que a luz da compreensão se faz necessária no caminho das sombras.
Lúcifer se manifesta em diversos aspectos, pelas palavras de Exu e Pombogira (ao qual são seus sacerdotes mortos), assim como se manifesta pelas ações do indivíduo(a) compenetrado pela busca do autoconhecimento. Nesse sentido Lúcifer é um deus, força e aspecto de bênçãos e transcendência, o guia dos caminhos escuros. O sagrado anjo/deus/demônio/espirito da iluminação. Mas para compreender o manifestar desse aspecto luciférico, é de grande importância também entender que V.S.M.I-Lúcifer, também é Satanás (o adversário)! 
Satanás se tornou um termo cultural de embate e resiliência, principalmente no bojo da religiosidade brasileira, ele demarca o princípio de destruição, cólera, guerra e morte, dentro e fora das vias mais tradicionais do culto de Quimbanda e na “via sestra” como um todo. 
Satanás é a ação incisiva de V.S.M.I. de ruptura e caos, somente através da escuridão de Satanás é que pode compreender a luz de lúcifer. Para isso ele precisa agir como o adversário interno e externo, das fraquezas do próprio adepto. Logo não estamos falando de poderes ou deuses separados, mas sim de uma única força que manifesta diferentes conceitos através de uma única perspectiva. Sendo assim, o mesmo Deus de morte e destruição é o mesmo que ilumina o transgressor das vias aprisionadoras.
Satanás é o assassino do ego e das fracas estruturas limitadoras, que mantem o indivíduo(a) aprisionado em grilhões temporais, para que o mesmo possa estender sua vontade além do tempo. Para isso a S.S.N. desenvolve trabalhos devocionais e ritualísticas que nos conectam com essa força primal ao qual pode nos conceder o vislumbre de diversas forças, mundos, seres e caminhos, que se estendem para além do universo visível.
Satanás é vibrado quando necessitamos de poderes de embate e violência para atingir determinados fins, para mudanças bruscas e incisivas. Ritualísticas como Missas Negras, invocações e evocações demoníacas, trabalhos de introspecção e sacrifícios de sangue, são algumas portas exigidas para a conexão real com a manifestação do Diabo, dentro (a chama interna) e fora (V.S.M.I.). Para nós, Lúcifer-Satanás-V.S.M.I. são as mesmas forças, e manifestação externa, do nosso fogo interno. Demais mascaras/títulos/nomes culturais e esotéricos podem assimilar as mesmas características de Lúcifer-Satanás através do conceito de Maioral. Como Anhangá, Beelzebuth, Belial, Mamba Rei e etc…, e vários outros títulos e nomes que são utilizados em determinados processos ritualísticos e trabalhos em nosso templo. Entendendo os títulos/nomes Lúcifer-Satanás dentro do contexto luciferiano da S.S.N, essa força assume o papel dinâmico da plenitude da alquimia “proibida”. 
Se exu e pombogira são nossos auxiliares nas etapas da alquimia escura (interna), Lúcifer é a meta desse processo. Se tornar o portador da luz, aquele que traz a sabedoria escura, é o objetivo magno do iniciado da “senda canhota”, mas para assimilação desse árduo processo, o adepto(a) deve agir como Satanás, destruindo, ceifando e transmutando diversos aspectos e grilhões que o aprisionam em determinados ciclos psicomentais e espirituais viciosos, castradores e anti-evolucionistas. O rompimento (e envenenamento/infiltração) de elos sociais, emocionais e institucionais que visam o acorrentamento da individualidade do adepto(a), desapego de conceitos e ideias fundamentalistas, abdicação de comportamentos e hábitos auto degenerativos, superação de vícios, apatia, inércia, preguiça e etc…são algumas das ações evolutivas do adepto(a) que se utiliza do papel introspectivo de Satan, vestindo-o como uma máscara, para trazer para si aspectos selvagens de ruptura, violência, radicalismo e revolução, cujo são aspectos que compõem o processo do Nigredo alquímico. 
Satanás, o Diabo é o ícone de revolução e perigo dentro da egrégora massiva das religiões brasileiras, assumir suas características esotéricas e comungar com suas emissões espirituais, é trazer à tona a libertação de certos aspectos atávicos, que podem nos fornecer chaves e conhecimentos esquecidos e proibidos. Nesse sentido Satanás-Lúcifer é o senhor do inferno, mestre dos bruxos e feiticeiros, amante das bruxas, rei dos demônios e líder de todos os diabos. Satanás é o mestre de fogo e violência, Lúcifer é seu aspecto iluminador e “benéfico”, enquanto V.S.M.I é o aspecto mais transcendental, ao qual compõem em sua existencialidade, inúmeras interpretações. Somente através da escuridão de Satanás é que se pode compreender a luz de lúcifer
Um(a) Ophita (filho/a da S.S.N.) não simplesmente cultua o Diabo, ele(a) busca ser o Diabo, para encontrar a sua divindade interna!!!

Vivat Ophita!!!

Santa Morte na SSN

Santa Morte dentro da S.S.N tem um grande papel de destaque com algumas semelhanças, porem aspectos distintos de sua posição do popular culto mexicano. Enquanto a Quimbanda em nossa ordem assume um caráter esotérico bem mais conectado ao diabolismo tradicional e gnóstico do que propriamente necromântico como é comumente visto em outras casas e terreiros, o culto a Santa Morte se responsabiliza por assumir esse papel com maior proeminência, fazendo assim uma espécie de “síntese” com o aspecto necromântico da Quimbanda. Através de estudos, resultados práticos com ambos os cultos (Santa Morte e Quimbanda) e principalmente pelos ensinamentos dos mestres e mestras da tradição (Exu e Pombogira), nos utilizamos das similaridades práticas e energéticas para criar um sincretismo mágico, esotérico e religioso dentro do escopo ritualístico da S.S.N.
O trabalho com a Santíssima Senhora da Morte dentro da S.S.N é individual, podendo ser expressado por devoções e ritualísticas coletivas em datas especificas, porem a profundidade espiritual do culto e da presença da mãe dos ossos, se manifesta com maior plenitude no laço intimo entre ela e seu devoto, tornando o serviço devocional uma pratica intima, individual, que conecta a natureza interna do indivíduo com a presença sombria de Santa Morte.
Santa Morte em nossa ordem possui diversos aspectos e títulos/nomes, mas um dos principais aspectos manifesto em nossa tradição, cujo vai além da amada flaquita do tradicional popular mexicano, compreendida pela nossa própria gnosis, como sendo a senhora da escuridão primeva e a própria quietude do não manifesto, ao qual chamamos respeitosamente, de Thanatha.
Thanatha é um dos nomes/fórmulas esotéricas usada em nossa tradição para referenciar e reverenciar a Santa Morte como sendo um “aspecto feminino” de Vossa Santidade Maioral (a força motriz daemonica da Quimbanda), o véu escuro que separa o causal do acausal, a ponte para a plenitude e ainda sim o próprio “vazio”. Nesse sentido Thanatha não apenas manifesta o papel “interpessoal” cujo propicia a presença de Santa Morte para com seus devotos, mas também manifesta um papel transcendental dentro da alquimia obscura em nosso sistema de pratica. Compreendemos que Santa Morte atua com excelência na vida material de seus filhos e filhas, intervindo nos assuntos mais comuns e “profanos”, daí a grande similaridade com o papel de Pombogiras que carregam suas características e semelhanças (Pombogira Rosa Caveira, Pombogira Maria Caveira, Pombogira Rainha da Kalunga, Pombogira das Caveiras e etc…), seu papel como guardiã, mãe e fiel companheira de seus devotos é extraordinário, porém a principal atuação dessa divindade em nossa corrente, é atuar como a trasmutadora alquímica da existência interna e externa do indivíduo, guiando-o nos tuneis escuros das regiões mais profundas da alma. Em nossa tradição Thanatha e Santa Morte representa o mesmo princípio, o manto escuro do caos primordial, ela é a iniciadora, guia e objetivo final de um Ophita, o caminho e o próprio útero primevo, a Maioral de todos os mortos e natimortos.
Embora nossa crença aponte que Santa Morte seja de fato uma representação da mesma força que chamamos de V.S.M. (em seu aspecto feminino), vista através de uma outra perspectiva, manifestando o mesmo princípio dentro de uma ótica folclórica, necrosófica e cultural, totalmente distinta, nosso culto e práticas voltadas a ela são realizados de forma separada e distinta do culto de Exu e Pombogira, mantendo um altar individual e modus operandi de trabalho não vinculados diretamente ao sistema de Quimbanda. Obviamente essa separação serve para respeitar as distinções ancestrais e individuais de cada tradição, mesmo que tenhamos transcendido certos aspectos, percepções e “entraves” tradicionais de ambos os cultos. Essa síntese devocional e litúrgica não vem de uma invencionice pseudo-espiritual e sim do extenso estudo, autorização espiritual e contato direto com as forças que compõem ambos os cultos.
Thanatha é um mote esotérico, uma formula mântrica ao qual usamos para canalizar a presença ancestral do culto necrosófico a Santa Morte, mesclada a egrégora obscura do diabolismo utilizado por nós extraído de intensas interpretações espirituais. Esse título ou formula é uma ferramenta mágica verbal que nos auxiliou a criar um trabalho cujo presenciasse um modus operandi gnóstico, necrosófico e cerimonial, influenciado por sistemas de feitiçaria e magia negra ibérica, pelo xamanismo sul-americano, fetichismo e animismo africano em perfeita comunhão sincrética com a raiz do culto tradicional popular mexicano, incluído os mistérios do culto fechado.
Dentro da S.S.N o trabalho devocional e esotérico do adepto para com o culto de Santa Morte começa em uma adaptação nos aspectos obscuros e “tradicionais”, dos variados métodos do culto fechado mexicano, para que o mesmo possa conhecer e se associar emocional e espiritualmente com a energia umbralina e receptiva da Senhora da Morte, até que através das próprias experiencias com a “La Señora de las Sombras”, compreensão básica do culto e “autorização espiritual” por meio do contato direto com a presença espiritual da “Mãe Escura”, ele possa trabalhar em um nível mais profundo e elevado da gnose de Thanatha.
A “inclusão” do culto a Santa Morte dentro da S.S.N é um trabalho em processo de desenvolvimento, de uma via “folk” devocional para uma transmissão mágico-religiosa, cujo teve seu recente início e por isso ainda com muita estrada (de ossos) para se consolidar em uma estrutura dinâmica de feitiçaria e magia da corrente “Thanathiana”.

Thanatha em seu culto esotérico comporta aspectos práticos do mais variados “cultos fechados” a Santa Morte, que existem nas periferias das cidades do México, onde o culto é independente da influência católica. As chaves Thanathianas não envolve apenas os níveis telúricos e cthonicos, mas também aspectos etéricos e numinosos, cujo atravessa a esfera condicional do culto popular de viés cristão.
O termo Thanatha deriva-se do nome Thanatos (masculino), cujo é a personificação da morte na mitologia grega. Através da influência de conceitos esotéricos, filosóficos e espirituais helênicos, o nome/termo Thanatos foi absorvido e modificado para o gênero feminino, nascendo assim Thanatha, o princípio de todo o fim.
Na S.S.N Thanatha, Santa Muerte, Santíssima Senhora da Morte, Falcífera (a portadora da foice), são apenas chaves, nomeações ou títulos da mesma força, a escura senhora de toda a bruxaria, deusa do submundo e a própria personificação feminina e necrosofica da escuridão primordial!

O trabalho da S.S.N com Santa Morte não é apenas a formulação de um campo esotérico e ritualístico, mas principalmente difundir e expandir o seu culto em amplos aspectos, através dos nossos atos de devoção e divulgação. Mostrando que não apenas no México (o berço do culto), mas também no Brasil a morte migrou com sua representação divina. E não somente no México, mas também no Brasil a morte além de viva…é faminta!